segunda-feira, 5 de novembro de 2012

TIPOS AYURVÉDICOS CORPORAIS E A PRÁTICA DE ASANA


Para compreender o potencial dos asanas em diferentes indivíduos, é importante olhar para eles de acordo com o seu tipo corporal dóshico.

Tipo Corporal Vata

Os indivíduos Vata possuem ossos longos e finos que são frequentemente fracos ou quebradiços. Possuem um baixo peso corporal e fraco desenvolvimento muscular, mas são bastante velozes e flexíveis. A sua estrutura óssea torna-os bons na realização de inclinações e alongamentos, especialmente de braços e pernas, quando são jovens. No entanto, à medida que envelhecem, a qualidade seca do Vata aumenta e leva-os a perder mobilidade se não se exercitarem regularmente.

Um asana lento e suave, realizado de forma uniforme e balançada em ambos os lados do corpo, é o exercício ideal para os indivíduos Vata. Os Vatas necessitam de praticar asanas porque estes aliviam o Vata que facilmente se acumula nas costas e ossos. As doenças Vata começam por uma acumulação de ar com sentido descendente (Apana Vayu) no cólon, que é transferido para os ossos, onde causa problemas ósseos e articulares. O Vata beneficia da acção de massagem dos asanas nos músculos e articulações, onde liberta a tensão nervosa e balança o sistema.

- Potencial Negativo do Vata

Os indivíduos Vata sofrem comumente de rigidez devido à secura e deficiência dos seus tecidos. A sua falta de peso corportal não proporciona uma protecção adequada das articulações e nervos, ou a hidratação necessária aos tecidos. São mais susceptíveis a lesões porque gostam de realizar movimentos rápidos e abruptos, e chegar aos extremos na sua prática de asana.

- Potencial Positivo do Vata

Os indivíduos Vata gostam de movimento e exercício. Preferem ser activos e expressivos, tanto física como mentalmente, e gostam de fazer coisas novas. O asana é algo que apreendem facilmente e ao qual se acostumam como parte da sua natureza activa. É uma forma calmante de se exercitarem.

Vata Bloqueado e Deficiente

Existem duas condições básicas do Vata, chamadas Vata bloqueado ou Vata deficiente. O Vata bloqueado exibe uma energia presa algures no corpo, juntamente com dor ou desconforto, mas com peso corporal normal. O Vata deficiente exibe baixa energia, baixo peso corporal e hipersensibilidade, frequentemente sem dor aguda. O Vata bloqueado requer movimentos orientados ou asanas prânicos para a sua libertação. O Vata deficiente requer uma aproximação gentil e trabalhada, evitando cansaço forte. O Vata bloqueado é mais comum em indivíduos jovens com energia adequada mas bloqueada, enquando que o Vata deficiente é mais frequente nos idosos, cuja qualidade tecidular está em declínio.

Tipo Corporal Pitta

Os indivíduos Pitta possuem uma estrutura corporal mediana, com bom desenvolvimento muscular e laxidez articular, o que lhes confere uma quantidade razoável de flexibilidade. São bons na prática de asana, mas são incapazes de realizar algumas das posições mais exóticas que os Vata conseguem realizar, pois possuem ossos mais curtos. Os Pittas beneficiam da prática de asana para acalmar a cabeça, o sangue e o coração, e libertar a tensão. Por exemplo, os Pittas tendem a sofrer de hipertensão devido ao seu temperamento fogoso que os leva a quererem sempre ser bem-sucedidos ou vencer.

- Potencial Negativo do Pitta:

Os indivíduos do tipo Pitta tendem a ser irascíveis e irritáveis devido a calor interno excessivo. Podem ter falta de paciência para iniciar ou manter a prática de asana ao longo do tempo. Por outro lado, uma vez envolvidos, podem sobrerealizar posições e ser agressivos e militantes na sua prática. Um Pitta que foi longe demais na sua prática irá sentir-se mais irritável, ou até zangado, depois de ter terminado. Os Pittas também tendem a limitar-se às posições que conseguem realizar bem, e ignorar as que podem ajudá-los a mais desenvolvimento.

- Potencial Positivo do Pitta

Os Pittas possuem a melhor capacidade de foco e determinação de todos os tipos dóshicos. Conseguem assumir disciplina e prática consistente e determinada, uma vez iniciada e orientada de forma correcta. São o tipo mais ordenado e consistente dos tipos dóshicos, apenas necessitam de descobrir o caminho correcto para orientar as suas energias.

Tipo Corporal Kapha

Os Kaphas são frequentemente baixos e bem constituídos, ganhando peso com facilidade. Com os seus ossos curtos e largos, têm falta de flexibilidade e não conseguem realizar posições que a requiram, tal como a posição de lótus. No entanto, são fortes e possuem a maior capacidade de resistência dentro dos diferentes tipos. Os Kaphas necessitam de movimento e estimulação para combater a sua tendência para a complacência e inércia. São bons a continuar uma prática por longos períodos de tempo, uma vez que a tenham iniciado.

- Potencial Negativo do Kapha

Os Kaphas tendem a ter excess de peso, o que limita os seus movimentos e torna-os sedentários. Sofrem frequentemente de congestão pulmonar, o que lhes dificulta a respiração profunda. Apresentam pouca capacidade de esforço positovo, e têm dificuldade em mudar se não forem estimulados externamente. Necessitam de estimulação constante para fazer mais, ou desistirão rapidamente dos seus esforços.

- Potencial Positivo do Kapha

Os Kaphas são constantes e consistentes no que fazem. Uma vez que comecem a fazer algo, conseguem fazê-lo fielmente ao longo do tempo. Permanecem calmos emocionalmente e durante a sua prática, independentemente dos resultados. Vêm a vida com amor, e trabalham como um serviço.

A Maneira Ayurvédica de Realizar Asanas

A Ayurveda não olha para os asanas como formas fixas que por si só ou aumentam ou reduzir os doshas. Olha para elas como veículos para a energia que pode ser utilizada para ajudar a balançar os doshas, se for utilizada de forma correcta. Este princípio é semelhante para a visão ayurvédica dos alimentos. Enquanto que alimentos específicos individuais têm os seus efeitos específicos para aumentar ou reduzir os doshas, a maneira como os alimentos são confeccionados, a maneira como as especiarias são adicionadas, como são combinados, ou como são cozinhados para misturar as qualidades dos alimentos num todo harmonioso, é tão significativa como os próprios alimentos individuais.

Enquando que a Ayurveda diz que os alimentos de certos sabores têm maior capacidade de aumentar ou reduzir doshas específicos, diz também que necessitamos de algum grau de todos os sabores. Do mesmo modo, também necessitamentos de todos os tipos principais de asanas a algum nível. São o grau e extensão que variam consoante o tipo dóshico. Cada indivíduo requer uma gama completa de exercícios que lidem com a gama de movimentos do seu corpo.

A sua prática geral de asana deve ser como uma refeição. Cada refeição deve conter algum grau de todos os seis sabores (doce, ácido, salgado, picante, amargo e adstringente) e alguma quantidade de todos os tipos de nutriente necessários ao organismo (amidos, açúcares, proteínas, lípidos, vitaminas e minerais), mas de forma ajustada às necessidades da constituição de cada indivíduo. Do mesmo modo, também a prática de asanas deve conter todos os tipos de asana necessários ao exercício e relaxamento do corpo inteiro, ajustado aos factores constitucionais individuais. Deve incluir posições sentadas, inclinadas e em pé, e movimentos expansivos, contractivos, ascendentes e descendentes, mas numa maneira e sequência que nos mantenha balançados e tenha em conta a nossa condição individual estrutural, energética e mental.

Pontos-Chave para Praticar Asana para o seu Tipo:

Tipo Vata

Geral – Mantenha a sua energia firme, nivelada e consistente; modere e contenha o seu entusiasmo.

Corpo – Mantenha o corpo calmo, centrado e relaxado; realize o asana lentamente, gentilmente e sem uso abrupto ou desnecessário de força, evitando movimentos abruptos.

Prana – Mantenha a respiração profunda, calma e forte, com ênfase na inalação.

Mente – Mantenha a mente calma e concentrada, fixa no presente momento.

Tipo Pitta

Geral – Mantenha a sua energia refrescada, aberta e receptiva, como uma lua em quarto Crescente.

Corpo – Mantenha o seu corpo refrescado e relaxado; realize os asanas de modo aberto, para remover o calor e a tensão.

Prana – Mantenha a respiração refrescada, relaxada e difundida; expirar através da boca para reduzir o calor conforme necessário.

Mente – Mantenha a mente receptiva, isolada e consciente, mas não de forma cortante ou crítica.

Tipo Kapha

Geral – Certifique-se que fez o aquecimento necessário, e depois realize o asana com força, velocidade e determinação

Corpo – Mantenha o corpo leve e em movimento, morno e seco.

Prana – Mantenha o Prana em movimentos ascendentes e circulantes; respire de forma profunda e rápida para manter a energia se necessário.

Mente – Mantenha a mente entusiasmada, acordada e focada, como uma chama.





Do livro Yoga for Your Type, de David Frawley e Sandra Kozak (Lotus Press)

domingo, 12 de agosto de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Amor Incondicional

O amor incondicional proporciona o equilíbrio, a harmonia, a ordem natural das coisas.
Sendo verdadeiros connosco, deixando os outros serem o que desejam ser.

Consultando o coração sobre o que é bom, bom no sentido produtivo, proveitoso e amoroso, respeitoso para com os outros seres. Não passar por cima dos próprios sentimentos. Não os ignorar. O coração é centro da sabedoria do ser, devemos consulta-lo mais, deixando de lado a razão que muitas vezes age em benefício da segurança. A razão é egoísta, está a serviço do ego, nega tudo aquilo que possa ameaçar a suposta integridade.

O amor incondicional não divide, mas une. Não recrimina, aceita. O amor está em todo lugar, em toda vida - a vida não seria possível sem ele. 
É a energia que sustenta e harmoniza a vida, dando a sensação de plenitude e preenchimento .

É a forma de amor mais pura, mais objetiva que existe, a única, verdadeira e original na verdade. Tudo no Universo deriva da energia do amor incondicional - o funcionamento das leis, a mecânica da vida, o relacionamento entre os seres evoluídos e as leis que regem o mundo. Tudo deriva dele porque é a única e primeira forma de energia que existe no Universo.
Confunde-se amor com apego: aquela coisa, de "eu quero ter a pessoa comigo a qualquer custo", tornando-me ás vezes devoto, fazendo tudo por ela, cubro-a de mimos e assim terei o amor e a fidelidade dela para sempre. Mas isso não tem base segura, não é o verdadeiro amor que aceita.
E nesta mistura de emoções geram-se e alimentan-se os relacionamentos, em prol da chama do verdadeiro amor.
No amor incondicional não existe exclusividade. É abundante e existe igualmente para todos os seres e criaturas. É a maior  virtude que existe porque realmente dá aquela sensação de preenchimento.

As formas de amor que conhecemos na sociedade são carregadas dos padrões, às vezes de egoísmo e não raramente se transformam em ódio. O amor incondicional, como energia básica da vida, pode ser configurada da maneira como quiserem que seja. Mas é na sua pureza intrínseca que  promove o bem, edifica os mundos, espalha o amor em todas as direções.

Entendam que essas formas de amor egoísta não se sustentam, não duram por muito tempo porque um dia a pessoa mostra a sua verdadeira face, um dia ela revela gostos e sentimentos ou escolhas que não nos incluem e aí o mundo desaba.
O amor incondicional aceita, permite, deixa agir e escolher à vontade. O verdadeiro amor incondicional aposta no crescimento, confia nele porque é uma lei da vida, que atrai para si toda forma de consciência. Dessa forma, não há como nos desviarmos do objetivo final, que é a comunhão com a origem, o Grande Sol Central, o centro da Consciência Crística do Universo.
Permitam-se sentir essa força incrível em tudo. Contemplando a beleza da vida, da natureza. Tenham olhos para admirá-las, na beleza de uma flor,  no carisma das águas, ou no frescor do vento.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Surya Namaskar (Saudação ao Sol)



Surya Namaskar é  um excelente método de dar elasticidade às articulações e músculos do corpo
e massagem a todos os órgãos internos. É um magnífico exercício para fazer pela manhã e antes de iniciar qualquer actividade. Em qualquer momento em que se sinta cansado, este exercício devolve a vitalidade, tanto física quanto mental.
A Saudação ao Sol tem doze posições e cada uma das posições tem uma concentração especial.

Posições

1. PRANAMASANA (Postura da Oração)

a) Técnica: Parado  com os pés juntos. Coloque as palmas juntas frente ao peito. Relaxe
todo o corpo;
b) Respiração: Exale totalmente;
c) Concentração: Em todo o corpo;
d)Benefícios: Estabelece um estado de concentração e calma como preparação para o
seguinte exercício

2. JASTA UTTANASANA (Postura dos Braços Levantados)
a) Técnica: Com total consciência de cada movimento, levante os braços por sobre a cabeça.
Mantenha os braços separados e na largura dos ombros. Dobre ligeiramente até atrás da
cabeça e a parte superior do tronco;
b) Respiração: Inale com levantar os braços;
c) Concentração: Vishuddha chakra (garganta)
d) Benefícios: Estira as vísceras abdominais; queimando o excesso de gordura  melhorando a
digestão. Exercita os músculos dos braços e dos ombros. Tonifica os nervos da espinha
dorsal. Abre todos os compartimentos pulmonares.

3. PADAJASTASANA (Postura de Mãos e Pés)
a) Técnica: Dobre-se para frente até que os dedos e as mãos toquem o solo à frente dos pés.
Trate de tocar os joelhos com a testa, mas não se esforce em demasia. Mantenha as
pernas retas;

b) Respiração: Exale ao dobrar-se para frente. Na posição final trate de contrair o abdômen
para expulsar o máximo de quantidade de ar;
c) Concentração: Svadhistana chakra (umbilical)
d) Benefícios: É útil para eliminar e prevenir as doenças estomacais ou abdominais. Reduz o
excesso de gordura na região do abdomen. Melhora a digestão. Melhora a circulação
sanguínea. Agiliza a coluna vertebral.

4. ASHUA SANCHALANASANA (Postura Eqüestre)

a) Técnica: Estire a perna direita para trás. Ao mesmo tempo, e sem
mover o pé esquerdo dobre a perna esquerda, levando a cabeça para trás, arqueando as
costas e olhando para cima.
b) Respiração: Inale ao estirar a perna direita para trás;
c) Concentração: Ajna chakra (Intercílio)
d) Benefícios: Dá massagem nos órgãos abdominais e melhora seu funcionamento.
Fortalecem-se os músculos das pernas. Obtém-se equilíbrio nervoso.

5. PARVATASANA (Postura da Montanha)

a) Técnica: Endireite a perna direita e coloque o pé esquerdo junto ao pé direito. Levante as
nádegas e baixe a cabeça de modo que fique entre os braços; o corpo deve formar os
lados de um triângulo. Na posição final os braços e as pernas devem ficar eretos. Nesta
postura trate de manter os calcanhares em contato como o solo;
b) Respiração: Exale quando endireita a perna direita e dobra o tronco. Inale ao levantar
c) Concentração: Vishuddha chakra (garganta)
e) Benefícios: Fortalece os músculos e nervos dos braços e das pernas. Dobra a coluna em
direção contrária à posição anterior de modo que ajuda a agilizar a coluna ainda mais.
Tonifica e irriga os nervos da coluna.

6. ASHTANGA NAMASKAR (Saudação com os oito membros)

a) Técnica: Baixe o corpo até o solo de modo que a posição final desta postura só toque o
solo a ponta dos pés, os joelhos, o peito, as mãos e a mandíbula. A região pélvica
 e o abdomen devem estar ligeiramente levantados do solo;
b) Respiração: Retenha o alento, não há respiração;
c) Concentração: Manipura chakra
d) Benefícios: Fortalece os músculos dos braços e das pernas. Desenvolve o peito.

7. BHUJANGASANA (Postura da Cobra)

a) Técnica: Levante o corpo de cintura para cima estirando os braços. Dobre a cabeça para
trás.
b) Respiração: Inale ao levantar o corpo;
c) Concentração: Svadhistana Chakra (umbilical)
d) Mantra: Om Hiranya Garbhaya Namaja (Saudações ao Adorado Ser Cósmico);
d) Benefícios: Ao comprimir-se o abdômen se põe em circulação o sangue parado  nos
órgãos abdominais, estimulando sua irrigação. Esta postura é muito útil para todas as
doenças estomacais, incluindo a indigestão e a constipação. Ao dobrar as costas para trás
 exercita a coluna, agilizando os músculos e revitalizando os nervos mais importantes da espinha dorsal.

8. PARVATASANA (Postura da Montanha): Esta etapa é uma repetição da quinta posição.
9. ASHUA SANCHALANASANA (Postura Eqüestre): Esta etapa é uma repetição da
quarta posição.

10. PADAJASTASANA (Postura de Mãos e Pés): Esta etapa é uma repetição da terceira
posição.

11. ASTA UTTANASANA (Postura dos Braços Levantados): Esta etapa é uma repetição da
terceira posição.

12. PRANAMASANA (Postura da Oração): Esta etapa final é a mesma inicial.

Benefícios Gerais

Na descrição de cada etapa incluiu-se os benefícios atribuídos a cada etapa específica. Mas além
disso Surya Namaskar tem muitos outros benefícios que se produzem como resultado de toda a
série. Tem uma poderosa influência sobre todos os sistemas do corpo [endócrino, circulatório,
respiratório, digestivo, etc.] e ajuda a manter o equilíbrio entre eles. A falta deste equilíbrio é
causa de muitas enfermidades; a impureza do sangue, o excesso ou deficiência de funcionamento
das glândulas endócrinas, a demasiada secreção de sucos gástricos são fatores que conduzem à
enfermidade e que se corrigem ou erradicam com a prática de Surya Namaskar.

Durante as práticas do Surya Namaskar exercitam-se os músculos principais do corpo. A prática diária deste exercício manterá o corpo saudável. O praticante se encontrará com uma nova vitalidade, não só física, mas também mental; encontrará uma capacidade de pensar  aguçada.

Todos os órgãos do abdomen se estiram e comprimem alternativamente. Isto é sumamente eficaz
para assegurar seu correto funcionamento ou para estimulá-los.
Muita gente não respira adequadamente. A necessidade de sincronizar a respiração com os
movimentos físicos durante a prática de Surya Namaskar obriga o praticante, ainda que só uns
poucos minutos diários, a respirar devidamente com profundidade e ritmo, o que conduz a
eliminar dos pulmões o ar estagnado e pleno de germens para renová-lo saudável oxigênio.
Muitos praticantes de Surya Namaskar se maravilham do aumento de sua clareza mental,
produzida como resultado de sangue, rico em oxigênio que irriga o celebro. A respiração é a
função vital mais importante e um dos principais sistemas para eliminar as impurezas do corpo.

Mas a maioria das pessoas ao não respirar corretamente não remove de seu corpo impurezas que
causam enfermidades ou quando menos produzem lesões na pele. Surya Namaskar é um
excelente método para corrigir as causas dos defeitos da pele.
É uma prática muito eficaz para eliminar a tensão e a ansiedade que padecem as pessoas como
conseqüência de nossa vertiginosa civilização, porque os movimentos rítmicos que a compõem
dão uma suave massagem nas conexões nervosas de todo o corpo, permitindo-as relaxar-se e
revigorar-se.

Em resumo, Surya Namaskar é um exercício ideal para dar saúde àquelas pessoas que desejam. E
quem não quer uma boa saúde? De maneira que a prática de Surya Namaskar é recomendável a
toda pessoal, enfermo ou são, seja jovem ou velho, criança ou adulto, homem ou mulher.

Referência

Quem deseja ter uma maior informação sobre esta prática podem encontrá-la na obra intitulada
“Surya Namaskar, A technique of solar revitalization”, publicada por Bihar Schoo of Yoga,

Monghyr (Bihar), Índia.

Não Coma, Alimente-se!

O aspecto espiritual da dieta alimentar  compreende a compra, a preparação, a aceitação e o acto de comer. A comida que é selecionada com cuidado, preparada com amor, aceite com gratidão e ingerida com pureza, torna-se um tonico para a alma e para o corpo. O ingrediente básico é a consciência. Onde a consciência é limpa, preenchida com amor e desapego, a comida é purificada e isso também purifica o corpo.
Para yogis antigos da Índia, o acto de comer era muito refinado. Havia apenas alguns tipos de comida  e não se satisfaziam (no sentido de obter prazer) nem se permitiam ser influenciadso pelos sentidos da visão, olfato e paladar. O yogi fixava determinados horários para comer e beber e mantinha esta disciplina. Um caminho espiritual significa ser atento ao que se consome. Abstinência de carne, ovos, peixe e frango (assim como dos subprodutos da carne, tais como gelatina e latícinios), de álcool, tabaco, drogas, excesso de chá e café fazem parte desse modo de vida. Por razões espirituais, muitas pessoas evitam, inclusive, cebola, alho e especiarias fortes que actuam como estimulantes ao sistema endócrino e, desta maneira, desestabilizam as emoções. Assim, a dieta de um yogi compreende dois fundamentos principais:

• Não causar sofrimento a outro ser vivo.
• Não estimular em demasia o sistema fisiológico (digestivo, nervoso, e endócrino).

Comida ou bebida que têm um efeito estimulante no corpo carregam uma carga tóxica que gradualmente dão lugar a um processo de doença (cancro, placas de gordura, diabetes, cálculo biliar etc.). A comida que é ingerida num estado de tensão, ansiedade, depressão, raiva ou medo levará esses padrões de pensamento e essas vibrações e, portanto, isso afetará a digestão. As hormonas estimuladas por essas vibrações, por sua vez, criam mais vibrações negativas, gerando novas hormonas e portanto, o ciclo continua.
O importante na dieta espiritual inclui a preparação da comida num estado em que se se esteja com sentimentos de amor e desapego. Quando alguém se sente livre de desejos e cozinha com amor para si mesmo, para a família e amigos, isso trará um poder subtil que energiza a alma e o corpo. É bom aceitar a comida com gratidão e apreço e sem as desapreciações contínuas “eu não posso comer isto ou eu não posso comer aquilo”. Nesse caso, a melhor coisa a fazer é mesmo não comer.

Espiritualidade inclui, também, compartilhar. Não há nada mais maravilhoso do que compartilhar um alimento com outros. Ao compartilhar, nós perdemos o senso de apego à comida e ao corpo e dominamos a gula. O sustento natural da comida é realçado pelo poder das vibrações puras e isto também traz benefício num nível espiritual. Um método para trazer harmonia e unidade em qualquer congregação, quer seja uma família, uma companhia ou entre amigos é comer acompanhado. Comida preparada com amor ajudará a gerar esses sentimentos.
Não coma, alimente-se!

terça-feira, 24 de abril de 2012

CHAKRAS







Os chakras são centros energéticos e psíquicos dos corpos físico e sutil. Estes estão em constante atividade, embora a  sua presença nem sempre seja percebida conscientemente. A palavra chakra pode ser traduzida por roda, círculo ou movimento. De acordo com os ensinamentos e as representações pictóricas desses centros de energia, pode-se afirmar que eles são formados por um centro com pétalas. É pelos chakras que transitam e se movem as energias sutis do corpo.
Os sete principais estão localizados ao longo da coluna vertebral, dispostos verticalmente. Cada chakra atua em funções específicas, mediante o recebimento de energias internas e externas. Estão divididos em três grupos: Inferior, Médio e Superior.  Os inferiores, mais associados à matéria, são o Muladhara, o Svadhistana e o Manipura. O Médio, ou Intermediário é o Anahata, associado aos sentimentos. E os Superiores são o Vishuddha, o Ajña e o Sahashara, que estão associados ao mental e à iluminação. Os chakras nunca param de girar e na sua rotatividade obedecem ao sentido horário ou anti-horário, dependendo da qualidade energética de cada indivíduo.

Muladhara Chakra
Chakra Básico (Raiz):
Significado do Nome: Estrutura da base, fecundação.
Nome em Português: Chakra Básico - Rádico.
Localização: Localizado nos órgãos genitais e na pélvis, relacionado com as gônadas (glândulas sexuais), governa o sistema reprodutor. Este chakra anima a substância do corpo físico, o poder e o instinto de sobrevivência. É a ligação com a terra. Concentra as energias da Kundaliní, que uma vez despertadas progridem coluna acima, seguindo um padrão geométrico similar ao padrão apresentado na dupla hélice das moléculas de DNA que contém o código da vida.
Aspectos a serem compreendidos: Sobrevivência, alimento, conhecimento, auto-realização, valores (segurança financeira), sexo (procriação), longevidade e prazer.


Influências:
Desequilíbrio no Físico: Anemias, resfriados, sexualidade reprimida ou excessiva, frigidez, impotência, insuficiência renal, fadiga, dores nas articulações, dores lombares e nas pernas, pressão alta ou baixa, problemas de coluna, osteoporose, falta de energia, prisão de ventre, diarréia, colite, apendicite, etc.
Emocional equilibrado: Impulso para agir, consciência instintiva básica, força, agressividade controlada, coragem, afeição, criatividade, generosidade, capacidade de sentir prazer, pessoa sensata, segura e estável, habilidade em prover o necessário para vida e capacidade de cuidar de si.
Emocional desequilibrado: Egocentrismo, agressividade, preocupação, inexatidão, indolência, extravagância, não permite o prazer, pessoa sem vida, desanimada, confusão de interesses, insatisfação, medo, timidez, insegurança, histeria, paixões fortes, aspereza, dificuldade em lidar com finananças, medo de arriscar-se, apego material, tabus sexuais.
Forma geométrica: quadrado, possuindo grande relação ao conhecimento ligado à terra, às quatro dimensões e às quatro direções.
Fase da vida: Desde a união do espermatozóide com o óvulo, até 7 ou 8 anos.
Funções: Um indivíduo dominado pelo chakra Muladhara geralmente dorme de dez a doze horas por noite, sobre o estômago. Este chakra Muladhara incluí os planos da origem, ilusão, ira, avidez, desilusão, avareza e sensualidade. Estes aspectos do primeiro chakra são inerentes à existência humana. O desejo de mais experiência e mais informação age como força motivadora, um ímpeto básico para o desenvolvimento individual.
O chakra Muladhara é o local da Kundalini enroscada, da Shakti vital, ou força energética. A serpente Kundalini está enroscada em torno do Lingam Svayambhu.
É o chakra onde nasce e reside a energia kundalini que se movimenta em espiral, pelas nadis, rios internos conhecidos por Ida e Píngala que distribuem por todo o corpo energia e o impulso de vida. É também o centro erótico do Ser.
- Nadi Ida: canal esquerdo transportador das correntes lunares, natureza feminina visual e emocional, produção de vida, energia materna, respiração esquerda que proporciona estabilidade para a vida. A narina esquerda é aberta durante o dia, equilibra a energia solar criando um equilíbrio para si, tornando-nos mais relaxados e mais alertas mentalmente.
- Nadi Píngala: canal direito transporta correntes solares, natureza masculina, depósito de energia destrutiva, também purificador, a narina do lado direito é de natureza elétrica masculina, verbal e racional. Torna o corpo físico mais dinâmico, (eficiente e ativo durante horas noturnas, aumentando a saúde). Quando um casal tem um orgasmo sexual, sem repressão e com consciência; em algumas vezes, elevam a kundalini, nutrindo todos os chakras através de Sushumna, Ida e Píngala.
Cores Básicas: Vermelho (varia para roxo ou vinho).
Bija-mantra: "LAM". É o Responsável pela absorção de energia da terra (energia telúrica, geoenergia, kundalini). Não é aconselhado por alguns autores o desenvolvimento desse chakra. Ilusão, cólera, avareza, desejo, sensualidade, territorialidade, instinto de sobrevivência desequilibrado, possessividade, temor e preocupação excessiva com o próprio corpo são algum dos desequilíbrios ligados a esse chakra.

Swadhishtana Chakra
Chakra do Baço ou Esplênico - Chakra Sexual


Significado do Nome: Lugar-Morada do Ser ou o "Fundamento de si próprio".

Nome em Português: Chakra Esplênico.

Localização: Localizado na lombar e abaixo do umbigo, está relacionado com as glândulas supra-renais, regendo a coluna vertebral e os rins. Rege os rins, sistema reprodutor, circulatório e bexiga. As energias como a paixão, sensualidade e a criatividade são manifestadas através deste chakra.

Aspectos a serem compreendidos: Poder de seduzir criatividade e relacionamento.
Influências:
Desequilíbrio no Físico: desarmonia dos rins, fígado, pâncreas, vesícula e bexiga. Alergias alimentares, problemas menstruais, distúrbios gástricos e intestinais, perda da vitalidade, dores lombares, no sacro e cóccix.

Emocional Equilibrado: União sexual prazeirosa, alegria instintiva, capacidade de planejamento, coragem de viver, paixão, habilidade em relacionar-se, jogo de cintura, flexibilidade, auto-aceitação e paixão pela vida.

Emocional Desequilibrado: Medo, incapacidade de construir, distração, raiva, ódio, inveja, insegurança, falta de paixão, tristeza, manipulação e apego, dependência emocional, vícios e auto-destruição.

Forma Geométrica: Círculo. Representa a forma crescente da lua.

Cor: Laranja - tonifica; é uma cor acolhedora e estimula a alegria. É uma cor social que traz otimismo, expansividade e equilíbrio emocional. Traz confiança e automotivação. Azul ou verde para sedar.
Alimentos que estimulam o chakra: Abóbora, cenoura, milho, laranja, manga, caqui.
Cores Básicas: Laranja, Vermelho.
Fase da vida: de 8 à 14 anos.

Funções: Energia de criatividade e impulso emocional; é o centro da procriação, manifesta-se sexualmente, mas sob o aspecto de sensação e prazer; fantasias e desejos sexuais. É representado por uma lua crescente. Neste chakra inicia-se a expansão da personalidade. Centro da purificação.
Bija-mantra: "VAM". Responsável pela irrigação energética dos órgãos sexuais. Desenvolvido estimula o funcionamento dos outros chakras. Desdém, abandono, indulgência excessiva, desconfiança, medo, indiferença e sensualidade são alguns dos desequilíbrios ligados a esse chakra.
Manipura Chakra
Chakra Umbilical ou Plexo Solar Umbilicochakra

Significado do Nome: Cidade das Gemas ou Cidade das pedras preciosas.

Nome em Português: Chakra Plexo Solar.

Localização: Localizado um pouco acima do umbigo. Rege o pâncreas. A área de influência deste chakra é o sistema digestivo: estômago, fígado e a vesícula biliar, além do sistema nervoso.

Aspetos a serem compreendidos: Escolhas do que você quer. Individualidade e poder pessoal (como você se vê), sua identidade no mundo.

Influências:
Desequilíbrio no Físico: Má digestão, diabetes, toxinas, úlceras e hérnias, gastrites e problemas de assimilação dos alimentos. Hipocondria, câncer no intestino e anorexia ou bulimia.

Emocional Equilibrado: Impulso para vivenciar as emoções, colocar-se expressando suas próprias qualidades, vontade de liderar, amor a vida, aptidão para experimentá-lo com plenitude, propósitos definidos de ações, intuição, ternura e boa vontade. Auto-estima, confiança e alegria.

Emocional Desequilibrado: Ansiedade, egoísmo, vaidade, ciúme, preconceitos, ira, timidez, intransigências, abuso de poder, impaciência, preocupação. Não sabe dizer não. Desconfiança, arrogância e baixa auto-estima.

Forma Geométrica: Triângulo invertido, sugerindo o movimento descendente da energia.

Cor: Amarelo dourado para tonificar.
Cores Básicas: Verde, Vermelho, Amarelo.

Alimentos: Manteiga, gema do ovo, cenoura, batata doce, abóbora, banana, abacaxi, melão, pêssego, limão.

Gemas: Citrino, topázio, cornalina amarela.

Mantra: Ram (lê-se o "R" com em vidro) - o principal ponto de concentração durante a produção deste som é o umbigo. Traz longevidade.

Elemento: Fogo auxilia a digestão e a absorção do alimento fornecendo a energia vital.

Fase da Vida: De 14 à 21 anos.
Bija-mantra: "RAM". Responsável pela irrigação energética do sistema digestório. Desenvolvido, facilita a percepção de energias ambientais. Raiva, irritabilidade, fascinação, ódio, medo, timidez, crueldade, inveja, ciúme, apego cego, melancolia, letargia e ânsia de poder são alguns dos desequilíbrios ligados a este chakra.
Anahata Chakra:
Chakra do Coração

Significado do Nome: "Intocado" ou "O Som não produzido" (batidas do coração).

Nome em Português: Chakra Cardíaco.

Localização: Situa-se na região do tórax e está conectado com a glândula timo, responsável pelo funcionamento do sistema imunológico. É o chakra do coração, centro energético do amor.
A elevação das energias do chakra do plexo solar até o coração acontece em indivíduos que estão desenvolvendo a capacidade de pensar e atuar em termos de coletividade. As doenças do coração, sistema circulatório e sangue podem ser tratadas através deste chakra.
Aspectos a ser Compreendidos: amor incondicional, compaixão, perdão, verdade e gratidão.
Influências:

Desequilíbrio no Físico: Doenças cardíacas, distúrbios de pressão, problemas pulmonares e bronquites. Sistema imunológico ineficiente e dor de cabeça.

Emocional Equilibrado: Amor próprio e pela humanidade, verdadeira compreensão da compaixão e benevolência, aceitação, bondade, disponibilidade para o perdão, ajuda ao próximo, sabedoria, conscientização do outro, assentamento na estrutura terrena, dá consistência e vitalidade as aspirações amorosas, pacificação, fé na vida e nas pessoas.

Emocional Desequilibrado: Depressão, angústia, desprezo, raiva e medo, apego ao apego, incapacidade de amar e se emocionar. Coração fechado, apego e depressão.

Forma Geométrica: Hexagrama - dois triângulos sobrepostos, um voltado para cima, simboliza Shiva, o princípio masculino. O outro triângulo, voltado para baixo, simboliza Shakti, o princípio feminino. Atinge-se o equilíbrio quando estas duas forças estão unidas em harmonia.
Cor: Rosa - amor incondicional / verde é dilatador de veias, artérias e músculos, usado para pressão alta, cateterismo. É relaxante do sistema nervoso, principalmente simpático e muscular, auxiliando nos casos de esgotamento, irritação e insônia; regula a pressão arterial, o sistema circulatório e estimula a glândula pituitária, normalizando a função das demais glândulas. Auxilia nos casos de febre, quando não se sabe a causa da infecção. Cria espaço no coração como o frescor da primavera, fazendo sentir-se renovado. Violeta e magenta (falta de energia) para tonificar.
Cores Básicas: Dourado, Verde, Rosa.

Alimentos que estimulam o chakra: Frutas e verduras verdes (abacate, kiwi, maçã verde, uva, agrião, alface, escarola, brócolis).

Gema: Quartzo rosa, pirita, esmeralda.

Mantra: Yam - a concentração deverá estar centralizada no coração, desfazendo qualquer bloqueio na região cardíaca, proporcionando controle sobre a respiração.

Elemento: Ar - Auxilia o funcionamento dos pulmões e do coração. A estrela de seis pontas simboliza o elemento ar.
Fases da vida: 21 a 28 anos.

Funções: Intermedia os chakras superiores e inferiores; impulso de se abraçar a sua Verdade, ao Amor; reequilíbrio; altruísmo; compaixão. Este chakra se expande em todas as direções e dimensões, como uma estrela de seis pontas.


Bija-mantra: "YAM". Responsável pela irrigação energética do coração. É um canal de movimentação dos sentimentos. Desenvolvido, cria um canal de amor que pode ser utilizado para o trabalho assistencial, desenvolve a compaixão. Arrogância, vaidade extrema, depressão, desespero, egoísmo, avareza, hipocrisia, tendência à discussão, ansiedade, desgosto são alguns dos desequilíbrios ligados a esse chakra.

Vishuddha Chakra:
Chakra Laríngeo

Significado do Nome: Puro ou "Centro da Pureza".

Nome em Português: Chakra Laríngeo.

Localização: Localizado sobre a garganta, se comunica com a glândula tireóide. Está ligado à inspiração, a comunicação e a expressão com o mundo.

Aspectos a serem Compreendidos: Comunicação interna e externa - esclarecimento que conduz ao estado de consciência.
Influências:
Desequilíbrio no Físico: Laringite, faringite, problemas de tiróide e paratiróide, doenças mentais, distúrbios da fala, gagueira e surdez.

Emocional Equilibrado: Sensibilidade, criatividade artística, dom da palavra e do conhecimento, claraudiência, intelecto claro, independência, idealização, senso de planejamento, força de vontade, capacidade de tomar decisões.

Emocional Desequilibrado: Fobias, covardia, falta de criatividade, mentalidade e expressão tacanha, rude e pobreza de espírito, criticismo, preconceitos, atitudes extremamente racionais, pessoa que reclama o tempo todo, agressividade verbal e apego a crenças limitantes.

Forma Geométrica: Lua crescente.

Cor: Azul - atua como tranqüilizante na aura. É calmante do sistema nervoso, e equilibrador nos casos de obsessão.
Cores Básicas: Azul-Celeste, Lilás, Amarelo.
Alimentos que estimulam o chakra: Ameixa preta, uva passa, amoras, peixes, aspargos, batatas.

Gemas: Safira azul, lápis lazuli, sodalita, azulita, ágata marinha, turquesa e calcita azul.

Mantra: Ham (lê-se o "H" como em help) - representa o som do corpo. Este som puro afeta o ouvinte, alterando os espaços de sua mente e de seu ser.

Elemento: Ar (éter), mas num sentido mais sutil, associado ao som (Mantram).

Fases da vida: 28 a 35 anos.

Funções: Auto conhecimento; felicidade; O indivíduo se eleva e se purifica de todos os carmas; morre-se para o passado e nasce-se novamente para a realização da unidade".


Bija-mantra: "HAM". Responsável pela irrigação energética da boca, garganta e órgãos respiratórios. Serve de bloqueio para que as energias emocionais não cheguem ao chacras frontal e coronário. Desenvolvido facilita a psicofonia e a comunicação em vários níveis. Tristeza, desrespeito, descontentamento, lamento são alguns dos desequilíbrios ligados a esse chakra.
Ajna Chakra:
Chakra Frontal


Significado do Nome: Autoridade, poder, comando intuitivo.

Nome em Português: Chakra do 3º olho ou frontal.

Localização: Localizado entre as sobrancelhas, se relaciona com a glândula pituitária.

Aspectos a serem Compreendidos: Intuição (fenômenos paranormais) e a consciência. Capacidade de se observar sem julgamento.


Influências:
Desequilíbrio no Físico: Rinites, problemas de ouvido, de olhos, surdez, tontura, enxaqueca. Cansaço e confusão mental.

Emocional Equilibrado: Percepção em relação ao universo que o cerca, entendimento do próprio caminho, percepção, intuição, fé e devoção, carisma, magnetismo, força, sabedoria, capacidade de concentrar-se e foco no objetivo.

Emocional Desequilibrado: Desconcentração, dogmatismo, vê a vida com limitação, arrogância, medo, perda da fé e sedução, delírios, egoísmo, obsessão, teimosia e apego a crenças impostas pela sociedade.

Forma Geométrica: Círculo (bindo).

Cor: Dourado para concentração, falta de memória. Violeta é tranqüilizante e calmante. Clareia e limpa a corrente psíquica do corpo e mente, afastando problemas de obsessão mental e psicose.
Cores Básicas: Índigo, Amarelo, Verde, Branco Fluorescente.

Alimentos que estimulam o chakra: Berinjela, beterraba, ameixa preta.

Gemas: Cristais brancos, ametista, sodalita e lápis lazuli.

Mantra: OM.

Elemento: Presença de todos os cinco elementos, com três gunas que são manas (mente), buddhi (intelecto), Ahankara e chitta (o ato de ser - o ser).

Fases da vida: 35 a 42 anos.

Funções: Austeridade; intuição; vidência; serenidade; pureza.
É o chakra sede das Faculdades do Conhecimento: Buddhi (conhecimento intuicional), Ahankara (eu), Indriyas (sentidos) e Manas (a mente). É representado por um triângulo branco simbolizando a yoni e no meio um lingam (órgão masculino). No centro do chakra está o yantra do som (símbolo) OM, o melhor objeto de meditação.

Meditando nesse centro o praticante "vê a luz"; como uma chama incandescente. Fulgurante como o Sol matutino claramente brilhante, reluz entre o "céu e a terra"- Satchakra Nirupana.
glândula: hipófise (pituitária); Nas representações indianas, no centro do lótus aparece um triângulo invertido vermelho, simbolizando a yoni (aspecto feminino) e no meio do triângulo, um lingam branco (aspecto masculino). Rodeando o chakra, duas pétalas luminosas representando os dois heminférios cerebrais.

Bija-mantra: "OM". É o responsável pela irrigação energética dos olhos. Desenvolvido, facilita a clarividência e a intuição. (ás vezes palpita como um coração). Intelectualismo excessivo, manipulação de pessoas, questionamento excessivo são alguns dos desequilíbrios ligados a esse chakra.
Sahashara Chakra
Chakra Coronário


Significado do Nome: Chakra das Mil Pétalas.

Nome em Português: Chakra Coronário.

Localização: Localizado no topo da cabeça. E o portal da espiritualidade, do reconhecimento de Deus/Deusa em nós e no outro.

Aspectos a serem Compreendidos: Iluminação.

Forma Geométrica: Círculo como a lua cheia.

Mantra: Sham.

Cor: Magenta e arco-íris.
Cores Básicas: Violeta, Branco Fluorescente, Dourado.
Gemas: Ametista, quartzo branco, pirita.

Elemento: Todos os elementos, inclusive o éter, em suas forças mais sutis.

Funções: Iluminação; espiritualidade plena; transcendência; manifestação do Divino. Segundo o Satchakra Nirupana: "O Lótus das mil pétalas é a mais brilhante e mais branca que a lua cheia, tem a sua cabeça apontada para baixo. Ele encanta. Seus filamentos estão coloridos pelas nuanças do sol jovem. Seu corpo é luminoso, é aqui o objetivo final de Kundalini após ativar os outros chakras. O indivíduo que atinge a consciência do sétimo chakra realiza os planos da irradiação (torna-se iluminado como o sol), das vibrações primordiais, da supremacia sobre o prana, do intelecto positivo, da felicidade, da indolência".
Glândula: ligado à glândula pineal (epífise);

Bija-mantra: Silêncio - Este chakra não possui Bija-Mantra pois ele transcende a palavra e a expressão. É o responsável pela irrigação energética do cérebro e pelo controle de todos os outros chakras. Desenvolvido facilita a telepatia, a mediunidade, expande a consciência. Não tem desequilíbrios.


Prática dos mantras dos chakras:

Prática básica: sente-se com a coluna ereta, as pernas cruzadas e as mãos pousadas suavemente sobre os joelhos em jnãnã mudrá, unindo os dedos indicadores e polegares com a palma para cima se for dia e com as palmas para baixo se for de noite.

Entoe ou mentalize: Lam, Vam, Ram, Yam, Ham, Om e Sham nessa ordem várias vezes.

Prática intermediária: com a mesma postura acima entoe ou mentalize: Om Lam, Om Vam, Om Ram, Om Yam e Om Sham.

Prática adiantada: Om Lam (8x) - Om Vam (8x) - Om Ram (8x) -Om Yam (8x) - Om Ham (8x)Om (8x) - Sham (8x).

Fontes:
Imagens: do Livro - Os chakras - C.W. Leadbeater - da Revista Caminhos Espirituais nº 01
 
 





 

 


domingo, 8 de abril de 2012

Cinco Ritos Tibetanos- Fonte de Juventude



No livro “A Fonte da Juventude”, de Peter Kelder, autor conta a história do Coronel Bradford, que teria vivido no Tibet no início do século XX e terá descoberto o segredo da Fonte da Juventude. Este segredo seriam os cinco exercícios tibetanos — ou ritos tibetanos, praticados pelos lamas para melhorar a saúde e desenvolver a força física.
Kelder recorre à teoria dos chakras para explicar os efeitos dos ritos. Chakras são os centros de energia do corpo. A saúde física e mental está relacionada com os chakras. Se os chakras funcionarem corretamente, a energia vital flui pelo corpo e o indivíduo tem saúde e vitalidade.
O ideal é praticar 21 vezes cada um dos ritos, mas se você é principiante procure fazer tres vezes cada um deles e vai aumentando gradativamente.
Os 5 Ritos Tibetanos são formados por uma seqüência extremamente simples e intensa sincronizados com respirações específicas. A sequência dos ritos é tão simples, que leva somente entre 20 à 30 minutos para os executar com calma, atenção e presença. A forma como trabalha todo o sistema glandular, circulação e sistema energético é nos tempos actuais uma mais valia para a recupeação do nosso bem estar e juventude.

O primeiro rito consiste em girar em torno do próprio de si no sentido dos ponteiros do relógio. Conforme explica Kelder, o primeiro rito ativa o funcionamento dos chakras.

O segundo rito é uma espécie de exercício abdominal. Pernas alongadas, o pescoço é massageado e o abdomen reforçado. Ao contrário dos exercícios abdominais convencionais, no segundo rito todo o corpo é exercitado, o que estimula também o aparelho digestivo e a musculatura que serve de base para a coluna.

O terceiro rito promove a extensão côncava da coluna, sobretudo da região cervical. Sabe-se que diversas tensões acumuladas no corpo manifestam-se no pescoço e quando esta região está tensa, todo o corpo se torna tenso. O terceiro rito alivia essas tensões e mantém o pescoço flexível e a garganta relaxada. Este exercício tem semelhanças com o Ustrasana do Yoga.O quarto rito, também conhecido como exercício da mesa, reforça a musculatura lombar e exercita braços e pernas. O pescoço também é exercitado. É uma combinação de posturas semelhantes ao Purvottanasana e ao Dandasana, do Yoga.

O Quinto rito é o que mais se assemelha a posturas do Yoga. Na verdade trata-se de uma combinação de Urdhva Mukha Svanasana e Adho Mukha Svanasana, que fazem parte da famosa seqüência da Saudação ao Sol (Suryanamascar).



terça-feira, 20 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012

Características da respiração Yogi









1) Profunda. A respiração yogi é ampla, utilizando a totalidade da capacidade pulmonar. Respirar profundamente significa usar a estrutura ósseo-muscular do tronco para optimizar a assimilação do ar. Ao respirar, toda a musculatura do tronco participa do processo, porém, nunca devemos elevar nem movimentar os ombros.
2) Completa. Isso significa que devemos utilizar as três fases da respiração em cada exercício que fazemos: abdominal, intercostal e clavicular. Observe sempre que os pulmões devem encher-se primeiramente na parte baixa, logo na parte média e finalmente na parte alta, esvaziando-se de forma inversa.
3) Consciente. Durante o pránáyáma procure sempre estar presente no exercício que estiver fazendo, observando a cada instante os efeitos que a técnica está desencadeando dentro de si. Sem consciência não há concentração possível.
4) Ritmada. Tudo é ritmo na Natureza; nós não somos a excepção. A cadência é extremamente importante, pois é o que nos permite projectar o exercício no tempo. Existe uma estreita relação entre o ritmo e os estados profundos da consciência: mantendo um ritmo cadenciado conseguiremos tirar muito mais proveito dos exercícios.
5) Controlada. Precisamos evitar ficar sem fôlego. Caso sinta que está perdendo o domínio por não conseguir acompanhar a contagem dos tempos estabelecidos, opte por reduzir esses tempos, para conseguir manter o ritmo de acordo com a sua capacidade pulmonar individual.
6) Uniforme. Em nenhum momento devemos permitir que o fluxo de ar se interrompa ou que se altere a sua assimilação progressiva. Em outras palavras, devemos encher os pulmões de forma gradual e constante, sem dar arrancadas bruscas no início da inalação ou fazer força excessiva para expulsar o ar.
7) Lenta. A respiração deve ser tão lenta quanto for possível. Considere que durante o pránáyáma ela deve ser ainda mais lenta que a de uma pessoa que dorme. Trabalhe no sentido de torná-la cada vez mais pausada. Com a prática, você perceberá que poderá alterar não apenas o ritmo pulmonar, mas também o ritmo cardíaco à sua vontade.
8) Silenciosa. Também devemos esforçar-nos por manter o ar fluindo da forma mais silenciosa possível. Para ter uma idéia disto, considere que ninguém além de você deve ouvir a sua respiração durante a prática. Atenção obviamente às excepções: bhastriká, bhrámarí e ujjayí.
9) Nasal. Os cílios das narinas filtram as impurezas que estão em suspensão no ar. Ao inspirar pela boca, você permite que elas entrem directamente nos pulmões, o que pode provocar diversos males. Esta é a pior maneira de respirar, evite-a a qualquer preço. São raros os pránáyámas que a utilizam: apenas shítalí e sítkárí, com o único objetivo de aliviar a sensação de calor, cansaço, fome ou sede.
10) Com a mínima projecção do ar. A compreensão do conceito de comprimento do alento é fundamental para atingir a perfeição na respiração yogi. O comprimento do alento é aquela distância à qual podemos perceber o ar que sai pelas fossas nasais. Coloque a sua mão alguns palmos abaixo das narinas. Se você exalar com força sentirá o sopro chegando nela. Expirando com a mínima projeção do alento o fluxo do ar será imperceptível, mesmo mantendo a mão bem perto do nariz. Quanto menor for essa projecção, maior será o controle do prána. Para sentir mais facilmente o ar na palma da mão, sugerimos humedecê-la.

terça-feira, 6 de março de 2012

Alimentação


"Somos aquilo que comemos". Os alimentos podem tanto ajudar como prejudicar o desenvolvimento físico, mental e espiritual.
A bioquímica dos alimentos interfere na bioquímica dos nossos corpos, influenciando o sistema endócrino, o sistema nervoso e o cérebro - que são os responsáveis pelas tendências mentais ou instintos. Quando esses instintos não são controlados, a mente fica perturbada. Assim, para mantermos a calma e o equilíbrio mental, os alimentos ingeridos devem ser cuidadosamente seleccionados.
No Yoga, os alimentos estão classificados em três categorias principais:

Subtis (puros)
benéficos para a mente e para o corpo
• Vegetais (excepto cebola, alho e cogumelos)
• Frutas
• Leguminosas
• Algas
• Cereais (trigo, arroz, etc...)
• Frutos secos e sementes
• Leite e derivados (de origem biológica)
• Sal, açúcar, ervas aromáticas, especiarias
• Óleos vegetais, vinagre, mel

Mutativos (activos)benéficos para o corpo e neutros para a mente, ou vice-versa

Chá (com teína) e Café
• Chocolate
• Bebidas gaseificadas
• Malagueta vermelha
• Especiarias em excesso
• Medicamentos

Estáticos (inertes)
prejudiciais para o corpo ou mente


• Carne
• Peixe
• Ovos
• Produtos com derivados de animais (gorduras, gelatinas, etc)
• Cebola, alho e cogumelos
• Alcool, tabaco e outras drogas
• Comida estragada
• Comida em excesso

"Tanto quanto possível, devemos optar por alimentos provenientes de seres que tenham a consciência menos desenvolvida. Isto significa que se os vegetais estiverem disponíveis, os animais devem ser poupados. Além disso, em qualquer caso, antes de matar um animal, quer ele tenha consciência desenvolvida ou não, deve-se considerar se seria possível viver com um corpo saudável sem eliminar tal vida".
Fonte: Um Guia para a Conduta Humana (Shrii Shrii Anandamurti)

O estado mental em que nos alimentamos também é importante. Alguns aspectos a ter em conta:
• Quando formos comer algo, lembrar que todos os alimentos são uma expressão da Consciência Cósmica
• Comer apenas quando estamos calmos e relaxados. O corpo físico é influênciado pelas emoções, a digestão é prejudicada quando somos dominados por sentimentos negativos. O meio-banho e alguns minutos de meditação antes das refeições são práticas muito benéficas.
• Comer nos horários apropriados para o efeito e evitar estar sempre a petiscar durante o dia, pois o nosso sistema digestivo precisa de descanso.
• Sempre que possível, comer na companhia de outras pessoas.
• Mastigar bem os alimentos. A digestão começa na boca com a saliva.
• Evitar ao máximo alimentos processados ou industrializados.
• Beber água regularmente entre as refeições, mas não durante as mesmas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

DHARMA






A palavra dharma deriva da raiz dhr, que quer dizer “manter unido”. Então, dharma tem o sentido de preservar, de manter a coesão entre as pessoas e as coisas.

Para algumas traduções, sem que nenhuma delas consiga transmitir plenamente o significado original do sânscrito dharma, encontra-se: retidão, dever, religião, evolução, conduta correta, preceitos, moral, ensinamento etc.

Como princípio complementar ao Karma, o Dharma pode ser compreendido como a linha de tendência que devemos seguir rumo à verdade, sendo essa linha resultante do alinhamento do nosso Karma no propósito e rumo da nossa existência. O Karma é composto por muitas linhas divergentes decorrentes das diversas acções harmniosas e desagradaveis que cometemos no passado.

Dharma é a força de coesão que sustenta a criação, manifestada na forma das leis naturais: a da gravidade, a da preservação da massa e ainda, na forma das leis humanas que regem a sociedade e possibilitam uma convivência harmoniosa entre as pessoas. Poderíamos defini-lo como não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que fizessem connosco. No fundo, funciona como uma espécie de bússola para pautar as nossas acções.

A linha de tendência resultante de todas as acções apontam numa determinada direcção e assume um determinado propósito alinhado com a ordem divina do universo e da nossa vida em particular. Essa direção é o Dharma .
Para atingirmos o nosso Dharma, temos de navegar nas “ondas” revoltas do Karma, até que essas ondas estejam todas alinhadas e não exista mais diferença entre o Karma e o Dharma. Quanto mais anulamos o nosso Karma, mais tomamos consciência do nosso Dharma e mais alinhamos a nossa vida com ele.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

KARMA



Karma são como “elásticos” que nos unem a pessoas ou situações que temos para aprender, gerados nesta ou em outras vidas.
Imagine-se preso por alguns “elásticos” onde nas outras extremidades estão presos, por exemplo, alguns familiares e amigos. Assim percebemos que há um limite de “afastamento”, pois existe um limite de “elasticidade”. Por isso, muitas situações se repetem uma, duas, ou várias vezes, até que consigamos aprender, a perdoar-nos e a perdoar os envolvidos. Esses elásticos só se dissolverão quando a lição estiver assimilada, e o perdão ancorado nos corações.
Muitas das pessoas com quem temos vínculo Kármico fazem parte de nossas vidas como familiares, relacionamentos amorosos, amizades, entre outros, por serem vínculos que tornam mais fácil a permanência do amor e do romper de barreiras antigas, permitindo que o perdão aconteça.
Existem Karmas familiares, afectivos, sexuais, materiais financeiros, ecológicos, espirituais e muitos outros.
Muitas vezes temos arraigado como memórias celulares, padrões que nos fazem “ver” as situações de maneira pouco amorosas e daí surge a dificuldade que temos de gerar perdão e amor, dissolvendo assim as amarras e permitindo que se mantenham “alojadas” no corpo subtil.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DE MANTER A COLUNA SAUDÁVEL










Abram o endereço seguinte:






http://www.chiroone.net/why_chiropractic/index.html



Percorram ao longo das vértebras da coluna vertebral. Façam-no lentamente, e poderão ver como a nossa coluna vertebral se relaciona com todo o nosso corpo.

domingo, 29 de janeiro de 2012

VAYUS





A palavra Pranayama é composta de duas raízes: Prana e Ayama. Onde Prana significa energia vital ou força de vida ou ainda, aquilo que se encontra em constante movimento. O Prana está presente no ar, na água, nos alimentos... A natureza está impregnada de Prana, esta energia subtil, impalpável e invisível, mais leve e penetrante que o próprio ar. Então, Pranayama não é um mero exercício respiratório, mas utiliza a respiração para influenciar o fluxo de Prana nas Nadis (canais de energia), alterando o padrão normal de respiração, e assim, o estado mental, reduzindo a perturbação mental e minimizando as impurezas do organismo. E, Ayama significa expandir, estender prolongar.

As três principais Nadís que se destacam são: Sushumna, Ida (pólo negativo) e Pingala (pólo positivo). Partem da região do cóccix, e terminam no topo da cabeça. Sushumna corresponde ao sistema nervoso central. Está situada no centro do corpo e passa através da coluna vertebral, e que os espaços à esquerda e à direita, estão os Nadis Ida e Pingala. Ida corresponde ao sistema nervoso parassimpático. Conhecido como o canal lunar; localizado no hemisfério esquerdo do corpo, tem natureza feminina, representa a respiração pela narina esquerda. Ida é responsável pela restauração energética do cérebro. Pingala corresponde ao sistema nervoso simpático. Conhecido como canal solar; localizado no hemisfério direito do corpo, tem natureza masculina, representa a respiração pela narina direita.

As quatro práticas ao respirar:


Inspiração ou Inalação (Puraka) é a respiração completa sem esforço, lentamente.
Expiração ou Exalação (Rechaka) é a saída do ar impuro, na maioria das vezes, expelida pelo nariz, uniformemente, silenciosamente e suavente. Rechaka coloca para fora a energia individual para se unir com a energia cósmica, aquieta e silencia a mente. A retenção ou Kumbhaka desvia o intelecto dos órgãos dos sentidos e da acção, e conduz para o centro da consciência. Cria o silêncio entre o praticante e os planos físico, mental e espiritual. Pode ser de dois tipos: Antara Kumbhaka – retenção do ar nos pulmões; e Bahya Kumbhaka – retenção de pulmões vazios, após a exalação.

De acordo com a fisiologia do Yoga, a estrutura humana é composta de cinco corpos ou envolucros que englobam os diferentes aspectos ou dimensões da existência humana. Estes cinco corpos de experiência são conhecidos como: Annamaya Kosha, o corpo material ou feito de alimento; Manomaya Kosha, o corpo mental; Pranamaya Kosha, o corpo de energia; Vijnanamaya Kosha, o corpo psíquico ou de mente elevada; Anandamaya Kosha, o corpo transcendental ou de bem-aventurança. Estas cinco dimensões funcionam juntas e formam um todo integrado.

Este corpo de energia é composto de cinco Prana Vayus (ventos) principais:

Prana – função de absorção. Elemento fogo e ar. É a força vital centralizada no coração, peito e pulmões. É responsável por trazer a força da vida até o corpo, através da inalação, da comida e da bebida e também pelo funcionamento do coração e dos pulmões. Associado ao movimento ascendente de energia, com a inalação. Um desequilíbrio em Prana Vayu está associado com problemas de coração e pulmões; letargia; estresse; asma. Move a energia para cima. Quando há uma quantidade grande de Prana entre o coração e a base do pescoço, com a mente absorvendo um sentido de positividade, está ligado ao Chakra Anahata.


Apana – função excreção. Elemento terra. É a força vital de ação propulsora, desintegradora, expira o alento, expele os alimentos que não necessita. Localizada na região do ânus, tem polaridade negativa. Sua direção é descendente, e é pesado por natureza. Remove as impurezas do corpo. Relacionado com os intestinos, órgãos sexuais, pernas. Sua função manifesta-se no comando das atividades excretoras, urinárias, matérias fecais e na emissão de sêmen e fluidos menstruais. Governa a eliminação do dióxido de carbono pela expiração. No nível mais sutil, regula a eliminação das sensações negativas e experiências mentais e emocionais negativas. Move a energia para baixo. Com o Apana equilibrado traz um sentido de segurança e habilidade para seguir em frente, está ligado aos Chakras Muladhara e Swadhistana.


Samana – função digestiva. Elemento fogo. Como mantém o equilíbrio da digestão e da assimilação de nutrientes, Samana é o local sede de Agni, o fogo digestivo. Mas também possui um aspecto leve e refrescante, referente ao elemento água. Samana está centralizado na área abdominal. Sama significa equilíbrio, que neste caso, Samana equilibra Prana e Apana. Um desequilíbrio em Prana e Apana resulta em diminuição de fornecimento de nutrientes para o corpo e desequilíbrio nos órgãos digestivos, como o fígado, o estômago, o baço e o pâncreas. Movimento lateral inunda o abdomen e centraliza-se no plexo solar. Associado a energia de expansão. Com o Samana forte ocorre a clareza emocional está ligado ao Chakra Manipura.


Udana – função deglutição. Elemento ar. É a força vital centralizada na garganta e cabeça. Move-se no sentido horário. Permite o pensamento, a comunicação, o canto e a produção de sons. Está relacionada com o funcionamento dos sentidos, incluindo a audição, a visão e o olfato; também responsável pela deglutição dos alimentos. É visto como porta de entrada para estados mais elevados de consciência. Em desequilíbrio impossibilita a comunicação, dificulta estados mais elevados de consciência durante a meditação. Problemas na área da garganta como hipotireoidismo. Também problemas de visão, audição, paladar ou olfato. Com o Udana forte pode-se projetar e criar a palavra, ligado ao Chakra Vishuddha.


Vyana – função circulação. Elemento éter. Permeia todo o corpo. Associado ao sistema nervoso. Então sua grande função é circular e distribuir o alento. Vyana distribui a energia derivada da alimentação e da respiração para as artérias, veias e nervos, regulando o equilíbrio entre Prana e Apana. É responsável pela ação muscular das extremidades, governa todas as coordenações dos movimentos dos músculos e articulações através do corpo. O movimento é para dentro, em direção ao centro do corpo, na inalação; e para fora, em direção as extremidades, na exalação. Circula para todo o corpo ao longo dos nervos: é a vitalidade do sistema nervoso. Pelo seu sentido de integridade está ligado ao Chakra Sahasrara.


A chave para a saúde é manter o Prana trabalhando em harmonia. Quando o Prana fica desequilibrado, os outros tendem a perder seu equilíbrio também, porque eles estão ligados. Geralmente Prana e Udana equilibram Apana. Similarmente Vyana e Samana coordenam um ao outro em termos de expansão e contração.

Pode-se concluir que o Pranayama exerce um completo controle das funções dos pranas.

Swami Niranjanan Ananda Saraswati em seu livro – Prana Pranayama Prana Vidya. Explica:
Dos cinco pranas, os dois mais importantes são prana e apana.
Prana é uma força que se direciona ao interior, de ação ascendente, que se move do umbigo à garganta.
Apana é uma força que se direciona ao exterior, de acção descendente, que se move do umbigo ao ânus.
Tanto prana quanto apana se movem espontaneamente pelo corpo, podem ser controlados através de práticas de Yoga.

Nos Yoga Sutra de Patanjali fala dos três tipos de pranayamas: inspiração, expiração e retenção.
Esses são apenas estágios para despertar os três pranas, ou seja, são as três etapas da respiração:
Inspirar – prana
Expirar – apana
Retenção com ou sem ar – Samana

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MUDRAS II














O homem difere dos animais não só pela inteligência e capacidade de criação, mas também por ter mãos e a capacidade de fabricar coisas, demonstrar intenções, comunicar pensamentos e sentimentos.
A mente tem mais feixes de nervos ligados às mãos, do que a qualquer outra parte do corpo. As mãos podem ser usadas para abençoar ou para amaldiçoar, construir ou destruir, ferir ou curar. Depende do homem, depende da evolução de sua consciência.
A palavra sagrada "MUDRA" significa "SELO" em sânscrito.
O coração traz a energia, a cabeça decide o que fazer e como fazer e as mãos moldam e direcionam esta energia para o local de ação.
Tudo o que precisamos para sermos saudáveis e felizes está no nosso ser. A maioria destas soluções são encontradas nas nossas mãos (literalmente falando).
O ser humano pode manter uma boa saúde se praticar mudrás com regularidade, sinceridade e intenção.
Segundo Satyananda “mudras são um combinação de movimentos físicos sutis que alteram a disposição, atitude e percepção, e que aprofundam a atenção e concentração”. São também técnicas apontadas pelos Shastras como importantes para o despertar da Kundalini.
Os dez mudras descritos neste texto clássico são: mahamudra, mahabandha, mahavedha, khechari, uddiyana bandha, mula bandha, jalandhara bandha, viparita karani, vajroli mudra e shakti chalana.

Já segundo a Gheranda Samhita “existem vinte e cinco mudras, cuja prática dá sucesso aos yogis. Eles são: Mahamudra, nabhomudra, uddiyana, jalándhara, mulabandha, mahabandha, mahavedha, khechari, viparitakarani, yoni, vajroli, shaktichalana, tadagi, manduki, shambhavi, pañchadhárana, ashvini, pashini, kaki, matangi, e bhujangini.”
Uma das práticas de mudras citadas é o Maha bandha, o grande fecho, no qual uddiyana bandha, mula bandha e jalandhara bandha são feitos simultaneamente.
O Mula bandha é a contração dos esfíncteres do ânus e o períneo, puxando o assoalho pélvico para cima. Esta ação fortifica o assoalho pélvico, que é formado principalmente pelos músculos eretores do ânus e dos músculos coccígeos, permitindo à rede muscular resistir à pressão desenvolvida pelo empurrão de cima para baixo do diafragma, resultando em um aumento de pressão intra-abdominal estimulando a região sacra e pélvica.
A energia apana que está localizada na parte baixa do corpo é forçada para cima e alcança agni (fogo digestivo) no manipura chakra (chakra do plexo solar) e depois chega até o prana no anahata chakra (chakra do coração) provocando uma onda de calor que aquece todo o corpo. Este forte calor desperta o fogo interno do corpo e acorda a energia da kundalini e ajuda-a a penetrar o sushumna, o nadi (canal) central.

O Uddiyana bandha é a leve contração e suspensão do baixo ventre. Aqui o diafragma fica livre para fazer o seu movimento natural. Ao exalar contraia o abdômen, no final da exalação, o abdômen deve estar totalmente contraído, para cima e em direção à coluna. Com esta contração o diafragma levanta. A intenção é mover o umbigo na direção da espinha e os músculos retos e posteriores se contraírem. Na fase completa do uddiyana bandha todo o abdômen fica côncavo.
Este bandha eleva a energia. Quando os músculos abdominais são pressionados e levantados para cima e para baixo das costelas, o prana encaminha-se para as nadis, corrente de prana (energia vital) energizando-as fortemente, principalmente na área do manipura chakra, aumentando a temperatura do corpo, proporcionando o aumento do fogo digestivo, que remove as doenças dos órgãos abdominais.

Jalandhara bandha é a fixação do queixo em direção ao peito. A cabeça desce à frente, o pescoço se alonga e o queixo encontra a base da garganta. É necessário que o queixo esteja para baixo e a coluna ereta. A prática desse bandha regula o fluxo de ar e prana na região do coração e ativa os canais de ida e pingala, de forma que o prana seja dirigido para a sushumna nadi.
Tem o efeito de desobstruir as passagens nasais e regula o fluxo de sangue e de energia sutil para o coração, cabeça e glândulas endócrinas no pescoço (tireóide e paratireóide). Estimula o anahata chakra encaminhando a sua energia para a sushumna nadi, evitando que a mesma se disperse voltando para baixo. Ajuda a controlar as forças vitais e acorda a kundalini.












Mahamudra
Está descrito no Gheranda Samhita da seguinte forma: “pressione firmemente o ânus contra o calcanhar esquerdo, estenda o pé direito, segure os dedos com as mãos, contraia a garganta e olhe para o ponto ao meio das sobrancelhas. Inspirando repetidamente, encha-se de ar.” Pode ser mantida por cerca de oito respirações e deve ser feita com a outra perna também.















Jnana Mudra
Une o dedo polegar com o indicador e é muito utilizado para a prática de pranayama e meditação, pois fecha um circuito eletromagnético no corpo sutil do praticante, impedindo que a energia se disperse durante a prática. Estimula a respiração e a irrigação sangüínea no cérebro, aumenta as capacidades intelectuais e a memória e facilita a concentração no ajna chakra (chakra do terceiro olho). A percepção consciente do fechamento deste circuito energético leva à interiorização com mais facilidade.






Anjali Mudra
Une as palmas das mãos e significa uma reverência ou saudação. Na Índia, quando as mãos são colocadas na altura do peito o gesto equivale ao nosso aperto de mão. Para saudar os deuses as mãos são postas acima da cabeça e para saudar o mestre são posicionadas à frente da testa. Segundo o professor Anderson Allegro, o anjali mudra une os 18 chakras que temos em cada mão, fechando um circuito importante de energia.








Shiva Mudra
A mão direita aberta em concha repousa sobre a mão esquerda. É muito utilizado para prática de meditação. É um gesto receptivo que induz ao relaxamento. Segundo Ingrid Ramm-Bonwitt “Buda assumiu esse gesto quando se sentou sob uma figueira e mergulhou em meditação profunda”.