terça-feira, 12 de junho de 2012

Não Coma, Alimente-se!

O aspecto espiritual da dieta alimentar  compreende a compra, a preparação, a aceitação e o acto de comer. A comida que é selecionada com cuidado, preparada com amor, aceite com gratidão e ingerida com pureza, torna-se um tonico para a alma e para o corpo. O ingrediente básico é a consciência. Onde a consciência é limpa, preenchida com amor e desapego, a comida é purificada e isso também purifica o corpo.
Para yogis antigos da Índia, o acto de comer era muito refinado. Havia apenas alguns tipos de comida  e não se satisfaziam (no sentido de obter prazer) nem se permitiam ser influenciadso pelos sentidos da visão, olfato e paladar. O yogi fixava determinados horários para comer e beber e mantinha esta disciplina. Um caminho espiritual significa ser atento ao que se consome. Abstinência de carne, ovos, peixe e frango (assim como dos subprodutos da carne, tais como gelatina e latícinios), de álcool, tabaco, drogas, excesso de chá e café fazem parte desse modo de vida. Por razões espirituais, muitas pessoas evitam, inclusive, cebola, alho e especiarias fortes que actuam como estimulantes ao sistema endócrino e, desta maneira, desestabilizam as emoções. Assim, a dieta de um yogi compreende dois fundamentos principais:

• Não causar sofrimento a outro ser vivo.
• Não estimular em demasia o sistema fisiológico (digestivo, nervoso, e endócrino).

Comida ou bebida que têm um efeito estimulante no corpo carregam uma carga tóxica que gradualmente dão lugar a um processo de doença (cancro, placas de gordura, diabetes, cálculo biliar etc.). A comida que é ingerida num estado de tensão, ansiedade, depressão, raiva ou medo levará esses padrões de pensamento e essas vibrações e, portanto, isso afetará a digestão. As hormonas estimuladas por essas vibrações, por sua vez, criam mais vibrações negativas, gerando novas hormonas e portanto, o ciclo continua.
O importante na dieta espiritual inclui a preparação da comida num estado em que se se esteja com sentimentos de amor e desapego. Quando alguém se sente livre de desejos e cozinha com amor para si mesmo, para a família e amigos, isso trará um poder subtil que energiza a alma e o corpo. É bom aceitar a comida com gratidão e apreço e sem as desapreciações contínuas “eu não posso comer isto ou eu não posso comer aquilo”. Nesse caso, a melhor coisa a fazer é mesmo não comer.

Espiritualidade inclui, também, compartilhar. Não há nada mais maravilhoso do que compartilhar um alimento com outros. Ao compartilhar, nós perdemos o senso de apego à comida e ao corpo e dominamos a gula. O sustento natural da comida é realçado pelo poder das vibrações puras e isto também traz benefício num nível espiritual. Um método para trazer harmonia e unidade em qualquer congregação, quer seja uma família, uma companhia ou entre amigos é comer acompanhado. Comida preparada com amor ajudará a gerar esses sentimentos.
Não coma, alimente-se!

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